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O impacto das TIC na vida de meninas, meninos e adolescentes


Notas 27 OUT 2020

VERSIÓN EN ESPAÑOL | VERSÃO EM PORTUGUÊS


Estudo qualitativo apresenta diferenças de gênero e desigualdades no uso de tecnologias por crianças e adolescentes e foi desenvolvido pelo Cetic.br|NIC.br, UNESCO Montevidéu e Cátedra Regional UNESCO Mulheres, Ciência e Tecnologia na América Latina


UNESCO Montevidéu apresenta o estudo sobre diferenças de gênero e desigualdades no acesso e uso das TIC por meninas, meninos e adolescentes, preparado pelo Cetic.br|NIC.br e pela Cátedra Regional UNESCO Mulheres, Ciência e Tecnologia na América Latina, da FLACSO-Argentina. 

Não há dúvida de que as tecnologias da informação e comunicação (TIC) desempenham um papel cada vez mais importante na vida das novas gerações, no entanto, as desigualdades de gênero que vão além do acesso ainda persistem. 

As implicações dessas tecnologias para o cotidiano de crianças e adolescentes são holísticas: impactam sua educação, saúde física e mental, entretenimento, desenvolvimento sociocultural, vida política, entre outros aspectos. E, embora as políticas públicas sejam frequentemente elaboradas para integrar esses impactos, elas nem sempre levam em conta as opiniões, considerações e experiências de meninas, meninos e adolescentes. 

Nesse contexto, o Escritório da UNESCO Montevidéu e o Escritório Regional de Ciências na América Latina e no Caribe, através de seu programa de Informação e Comunicação, apresenta a publicação Crianças, adolescentes e o uso da Internet em São Paulo e Buenos Aires: estudos a partir de uma perspectiva de igualdade de gênero (disponível em Espanhol e Português), preparado por pesquisadores do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), departamento do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e pela Cátedra Regional UNESCO Mulheres, Ciência e Tecnologia na América Latina, da FLACSO-Argentina. A publicação explora as desigualdades de gênero relacionadas às experiências de meninas, meninos e adolescentes usando tecnologias digitais nas cidades de São Paulo (Brasil) e Buenos Aires (Argentina). 

“As TIC representam a mudança técnica mais rápida e profunda vivenciada na região e, de fato, no mundo. Por isso, um método de ensino global robusto foi desenvolvido para facilitar a educação de um grande número de meninos e meninas. No entanto, é essencial discutir e oferecer recomendações para que crianças e adolescentes se envolvam em leis, políticas e estratégias relacionadas a essas tecnologias,” disse Lidia Brito, diretora do Escritório Regional de Ciências na América Latina e no Caribe.

Os resultados do estudo mostram como as experiências online de meninas e meninos são influenciadas por questões de gênero, assim como as diferenças em se beneficiar de oportunidades, a grande preocupação com a autoapresentação nas redes sociais, os riscos relacionados à privacidade e a violência vivenciada nos ambientes digitais. 

“O estudo foi baseado em uma premissa pouco explorada: o uso das TIC por crianças e adolescentes é mais moldado pelos seus espaços de socialização do que pelas características dos próprios ambientes digitais. Os achados demonstram a importância de analisar as lacunas digitais de gênero e sua relação com diferentes grupos e contextos sociais”, afirmou Gloria Bonder, coordenadora da Cátedra Regional UNESCO Mulheres, Ciência e Tecnologia na América Latina, FLACSO-Argentina. 

O objetivo desta publicação é conscientizar os diferentes atores sobre a relevância de considerar uma perspectiva de gênero ao desenvolver políticas públicas relacionadas ao uso das TIC por meninas, meninos e adolescentes. Esforços conjuntos para reduzir as desigualdades identificadas neste estudo são essenciais para aproveitar os aspectos positivos da Internet e maximizar oportunidades tanto para meninas quanto para meninos. 

“Analisar o acesso e uso das TIC por meninas, meninos e adolescentes através de uma abordagem qualitativa e com base em uma perspectiva de gênero é extremamente importante para o desenvolvimento de políticas públicas inclusivas que abordem tanto as oportunidades quanto as consequências das tecnologias, muitas vezes desiguais", expressou Tatiana Jereissati, coordenadora de Métodos Qualitativos e Estudos Setoriais no Cetic.br|NIC.br.

Este conteúdo foi traduzido automaticamente com o apoio de inteligência artificial.