Novo relatório da OMS/Europa e Cetic.br|NIC.br avalia estratégias de monitoramento da saúde digital em nível global
É fundamental o uso de dados e indicadores confiáveis para que os governos possam medir o progresso da saúde digital, no entanto, as métricas e os indicadores existentes ainda não são suficientes para acompanhar a rápida evolução do setor. Assim indica o novo relatório da OMS/Europa e do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O relatório “Monitoramento da implementação da saúde digital: um panorama de metodologias nacionais e internacionais selecionadas” fornece uma visão atualizada dos esforços de monitoramento internacionais, regionais e nacionais da saúde digital. O relatório traz um levantamento das abordagens metodológicas e indicadores-chave coletados nos últimos cinco anos para monitorar a saúde digital por parte de instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Comissão Europeia (CE), a Rede Nórdica de Encuste de Saúde Digital (NeRN), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). O estudo também apresenta estratégias nacionais de monitoramento da saúde digital em oito países, incluindo o Brasil, que cobrem três regiões da OMS durante o mesmo período.
Prioridades estratégicas para ampliar a cobertura de saúde
O uso das tecnologias da informação e comunicação na área da saúde se expandiu substancialmente nos últimos anos, especialmente à medida que a pandemia de COVID-19 acelerou a adoção da telessaúde e da digitalização dos serviços de saúde. As tecnologias digitais e os sistemas de informação podem ser utilizados na assistência à saúde, ajudando no diagnóstico e nas decisões sobre o atendimento médico; na organização de equipes e recursos, na gestão de hospitais, municípios e estados; além do planejamento a curto e longo prazo, assim como na avaliação de políticas e estratégias públicas.
“A saúde digital e a adoção de sistemas de informação na saúde, com o investimento apropriado em governança e formação, podem melhorar a eficiência e a sustentabilidade dos sistemas de saúde. São fundamentais para oferecer serviços mais acessíveis, equitativos e de melhor qualidade, além de fortalecer a vigilância na saúde pública, a prevenção de doenças, o diagnóstico e a gestão dos sistemas de saúde”, afirma Alexandre Barbosa, Gerente do Cetic.br e coautor do estudo.
A dificuldade em acompanhar a rápida evolução da saúde digital
Outros desafios apontados no relatório são a variabilidade significativa na forma como se monitora a telessaúde, a necessidade de novos indicadores para monitorar as desigualdades na saúde digital e a necessidade de novas abordagens para medir o impacto das políticas públicas.
“É necessário avançar no desenvolvimento, na coleta de dados comparáveis e em um conjunto comum de indicadores, assim como na troca de informações e conhecimentos para medir os níveis nacionais de maturidade em saúde digital”, explica o Dr. David Novillo-Ortiz, Assessor Regional em Dados e Saúde Digital.
O Plano de Ação Regional de Saúde Digital da OMS/Europa, lançado em setembro de 2022, também reconhece a necessidade de monitorar o avanço e as tendências em soluções digitais emergentes com o potencial de otimizar os sistemas de saúde e melhorar a saúde das pessoas.
Em particular, o plano de ação fomenta o desenvolvimento de uma estrutura de medição para monitorar a saúde digital na Região Europeia. O plano foi desenvolvido com parceiros e os 53 países da Região Europeia da OMS, e ajudará os países a aproveitar e ampliar a transformação digital para melhorar a saúde, assim como alinhar as decisões de investimento em tecnologia digital com as necessidades do sistema de saúde.
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